domingo, 30 de maio de 2010

Flores, ilhas, amores

No livro "Uma nova visão do amor", o psicólogo Flávio Gikovate afirma que o medo de se entregar à felicidade e a fantasia de um relacionamento amoroso cheio de romantismo são os principais obstáculos de quem não consegue estabelecer vínculos amorosos mais estáveis.

Isto é uma verdade que não se pode contrariar! Hoje dou imenso valor a tal afirmação e hoje entregaria-me de um modo especial a alguém que me desse o "click".
Não posso dar prioridade a uma pessoa que me é muito querida, que é magnifica, que faz tudo por mim, que luta muito por mim, que me transmite segurança, que me diz coisas lindíssimas mas que não dá nem nunca deu "click", as coisas propiciaram-se a factos mas nunca aconteceu o que aconteceu outrora, uma luta da minha parte por alcançar o tão desejado amor.

Obviamente que o amor não se alcança de um dia para outro, é cultivado...mas lá está, mesmo após 6 meses não há nem um caule, existe uma raiz que não cresce e que tende a ficar na terra morta.
Muito menos cresce quando atrás de mim está aquela flor esplêndida que outrora foi cultivada. Ainda sobre esta: desde inicio lá estava a raiz, passadas 2 semanas o caule e logo as folhas e passados 5 meses a flor desabrochou, durante mais 5 anos! Foi uma flor que nunca murchou, nem mesmo após ver algo que nunca tinha visto, atrás de mim e onde alguém a colheu...mas o cheiro fez-me olhar para trás e vê-la, lindíssima, magnifica, bela, elegante, porém apenas com um leve aroma no ar que pude inalar e pelas veias atingir o coração como se uma faca tratasse.

"Todos os pensamentos inteligentes já foram pensados; é preciso apenas tentar repensá-los." Seria possível repensar pois claro, se a pessoa a quem daria prioridade me considera apenas uma opção. Os meios banais para atingir um fim poderão não ser correctos, decerto que todos concordamos em que certos comportamentos e palavras caem sempre bem mas existem formas para alcançar objectivos de um modo inovador, que está directamente associado à palavra: diferente!
Sou assim mesmo, diferente de tudo e de todos, hoje com muitas certezas na vida e com um caminho profissional delineado mas sem um rumo nem leme a nível de alma-gémea.

Para mim amor só há um, o romântico! Na sociedade moderna apelida-se um amor pelo carácter, amizade e sexualidade...para mim isto é cliché que ouço muitas vezes MAS santa paciência, o verdadeiro amor não é isto, é indecifrável pela escrita mas é sentido pelas partes em certos momentos, atitudes e palavras.
Nesta mesma sociedade o individualismo é ponto assente, existem sempre duas unidades e nunca uma só, a junção das duas pessoas já não é encarada como antes. Existe o medo da perda da individualidade, o medo da felicidade e o medo de eventuais sofrimentos relacionados com a perda da(o) parceira(o) especial!

Cá vagueio pelas águas turbulentas dos sentimentos, sem que o barco consiga atracar no porto certo, sem conseguir sequer vislumbrar uma nova ilha onde possa atracar e cultivar, apenas encontrei uma que me deu refúgio temporário e um dia partirei de novo.

A virtude do amor é a sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado. O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.

Por último: apaixone-se sempre...mas ame sinceramente!